Eu não aprendo mesmo. Em toda premiação do Oscar eu me esqueço que esta é uma festa particularmente americana e me deixo levar acreditando que os filmes realmente bons ou que contribuam com a indústria, arte ou ciência (que é a razão de ser da academia) vençam. Neste ano não foi diferente. Guerra ao Terror foi o grande vencedor, aliás, para mim deveria se chamar guerra à falta de vergonha na cara.
O filme é mediano, bonzinho. Sua maior qualidade é ter sido feito com maior competência do que Distrito 9, que também foi um filme realizado com orçamento modesto. No mais, está longe de ser um filme que contribua com os princípios da “academia”. Mas, como disse no início, me esqueço que esta é uma festa essencialmente americana e Guerra ao Terror ganhou mais por suas conotações políticas do que sua qualidade fílmica.
Assim como demorou algum tempo para que filmes como Platoon e Nascido para Matar escancarassem o erro que foi a guerra do Vietnã, irá demorar algum tempo para que a invasão ao Iraque seja exposta na tela por seus reais motivos. Sem ter o que falar até o momento, o filme foca o cotidiano de soldados que desarmam bombas. Porque não falar da mentira que é esta guerra, que de guerra ao terror não tem nada, pois o Iraque não possuía e nem possui armas de destruição em massa e nem escondiam Bin Laden, como acusavam o governo americano?
Então, o Oscar vai para...
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