Texto publicado em: IDG NOW
A iniciativa do governo de incluir o Fórum SBTVD nas discussões sobre a produção de conversores para TV Digital, interativos, com preço final para o consumidor abaixo dos 200 reais, já rende bons frutos. Hoje, o assessor especial da Presidência da República para a Área de Políticas Públicas em Comunicação, André Barbosa anunciou que, no próximo dia 20, receberá de um consórcio de empresas brasileiras a proposta para produção de cinco milhões de conversores da TV digital já com o Ginga embarcado.
“Depois que fiz a exposição no Fórum, fui surpreendido pela iniciativa de pequenas e médias empresas, produtoras de conversores, de montar um consórcio para terem escala e, assim, conseguirem melhores condições para captação de recursos no BNDES, compra de componentes e licenciamento da implementação do middleware, na sua versão padrão”, firma André Barbosa.
A partir da análise das planilhas de custos desse consórcio, o governo decidirá os incentivos iniciais que poderão ser dados ao programa. De antemão, está descartada a possibilidade de subsidiar todo o equipamento. “Não vamos fazer como a Argentina, que exerceu o poder de compra do governo para alavancar a indústria. O que nós queremos é criar condições para que o mercado cresça de forma sustentável, através da criação de políticas industriais”, diz o assessor.
Segundo ele, o que o governo quer fazer é política pública através da TV Digital e da banda larga. “São dois projetos que se somam lá na frente, para tirar proveito do poder interativo da internet e da simultaneidade da TV”, afirma.
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* QUAL O CUSTO médio do middleware? Segundo voz corrente no mercado, cerca de 5 reais por cópia, para compras de baixo volume.
* A ESPECIFICAÇÃO PADRÃO DO GINGA no Brasil inclui os os dois subsistemas, NCL/Lua e Ginga-J. Hoje, a única implementação disponível no mercado com essas características é o Astro TV, da TQTVD, hoje uma empresa do grupo Totvs.
* 100% ABERTO – Há no mundo algumas iniciativas para desenvolvimento de um middleware 100% livre de royalties, que use o Java Engine aberto. O governo brasileiro apoia algumas iniciativas nesse sentido, segundo André Barbosa. A possibilidade de incentivo ao desenvolvimento de uma versão Ginga 100% livre já chegou a ser discutida pelo conselho do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação – CTIC, que no próximo dia 4 de agosto realiza, em são Paulo, a I Mostra Inova CTIC. Em destaque, os resultados dos primeiros projetos que têm como foco a TV Digital.
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